Inclusão Digital x Taxas de Acesso

A Inclusão Digital (ID) é um caminho, um espaço que representa oportunidades para a desigualdade social, como também da cidadania e da inclusão social. Uma das maneiras para trabalhar com a inclusão digital, é investir diretamente nas escolas, na qual permitirá aos alunos o acesso às novas tecnologias desde cedo.

A tabela (dados 2003) acima demonstra as taxas de acesso ao computador e à internet de acordo com a faixa etária, realizada pela Fundação Getúlio Vargas.
Informação disponibilizada no endereço:
http://www2.fgv.br/ibre/cps/mapa_exclusao/apresentacao/apresentacao.htm

A forma adequada da inclusão digital na Educação Infantil

Com a melhoria das tecnologias digitais e a crescente rapidez das informações, surgem novas necessidades para o âmbito escolar. Dentre elas, a acessibilidade a esses meios, com o uso do computador, constituindo-se parte integrante do processo de desenvolvimento do aprendizado das crianças, presente também na educação infantil.
A inclusão digital com esses pequenos deve ser organizada dentro de um contexto lúdico, onde a criança possa interagir de uma maneira saudável e construtiva, sempre monitorada por um professor com assessoria pedagógica.
Na escola, o professor deve explorar softwares que propiciem a audição (diferentes produções sonoras), a imagem (fotografias, desenhos, obras de arte) e movimentos (vídeos), pelo fato que nessa faixa etária, as crianças ainda não dominam a leitura e a escrita.
Não identificamos uma idade ideal para a inclusão digital na educação infantil. Com o avanço das tecnologias e as crianças cada vez mais familiarizadas, o interesse em explorar essas tecnologias aumenta. Outro fator de influência, é um ambiente que proporcione essa inclusão, isso ocorre tanto no ambiente escolar, quanto em casa, de acordo com a realidade de cada criança.

Curiosidades!

Segundo Meirinhos (p.03) “...num estudo realizado em 1984, sobre a relação do homem com o computador identifica a existência de três estágios. Em primeiro surge um estágio metafísico, isto é, quando as crianças mais pequenas entram em contato com o computador, preocupam-se em saber se a máquina pensa, sente, se tem vida. Um segundo estágio surge em crianças de 7 a 8 anos, já mais preocupadas em dominar a máquina, é o estágio da dominação. Um terceiro estágio, o da identidade emerge na adolescência, em que o trabalho com o computador surge como a atividade principal”.

Plano de ação do Governo

"O Ministério da Educação vai dar acesso a novas tecnologias de informação e comunicação às redes públicas de educação básica. Por meio da inclusão digital, o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) reforça o projeto de melhoria do ensino proposto pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O acesso à internet, que o ProInfo deve ampliar, beneficiará não só a comunidade escolar, mas a população próxima às escolas. Educadores serão capacitados para desenvolver o processo de aprendizagem.
Desenvolvido em parceria com estados e municípios, o ProInfo instala computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais em redes públicas e oferece programas de capacitação a professores e agentes educacionais."

Informação disponibilizada no endereço:

http://portal.mec.gov.br/arquivos/pde/proinfo.html

Acessada em 15 de maio de 2008.

Visão dos Pais

Nas entrevistas realizadas com três pais questionamos sobre o contato com meios tecnológicos dos seus filhos e constatamos que todos tem acesso a computadores, e outras tecnologias como MP3, Dvd e outros.
A preocupação pelo controle desta oferta de tecnologia às crianças, está presente em todos os questionários respondidos. Surgiu também o preocupação em não permitir que sejam predominantes nas atividades diárias das crianças.
Mostrou-se ser de senso comum que a inclusão digital deve ser oferecida exclusivamente pela escola. De maneira lúdica, tendo pessoas mais qualificadas e equipamentos mais adequados.
Percebemos que alguns pais percebem a inclusão digital como uma brincadeira de criança. Já a escola aborda de uma maneira diferente levando em consideração o desenvolvimeto contínuo do aluno.

A imagem foi extraída da fonte:

http://www.dw-world.de/image/0,,1755503_4,00.jpg

Visão dos Alunos

A entrevista foi realizada em uma Escola Estadual, com três alunos de jardim na faixa etária de 5 anos.
Nessa escola não existe inclusão digital mas alguns alunos tem acesso a computador em casa, esses que tem acesso demonstram curiosidade e interesse no mundo digital, alguns participam de sites de relacionamento e possuem o hábito de jogar também.
Todos entrevistados falaram do desejo de ter computadores na escola e participarem das aulas nos laboratórios.

Visão dos Professores

A entrevista foi realizada com três professoras da educação infantil, buscando suas concepções sobre a inclusão digital com as crianças pequenas.
A escola inicia a inclusão digital aos 4 anos de idade.
Como docentes não se sentem preparadas para explorar a tecnologia com seus alunos, mas fazem o que está ao seu alcance para proporcionar a eles novas descobertas.
Com relação ao uso do computador com crianças pequenas, acham significativo, pois faz parte do dia-a-dia e não se pode mais viver sem o mundo digital nos tempos atuais. Como também alguns alunos não têm o contato com o computador em casa, somente nas aulas de informática na escola.
Os softwares utilizados com crianças dessa faixa etária, visam principalmente desenvolver questões relacionadas a motricidade (habilidade com o mouse), concentração, memória, raciocínio e percepções as artes.

A imagem foi extraída da fonte:

http://www.allegraescola.com.br/imagens/informatica.jpg